Hoje chorei. Há muito que não chorava. Mentira, choro todos os dias, apenas não choro em público. Ouvi à volta de quinze vezes a expressão “o que se passa? Diz lá” e respondi a duas dessas questões. Chorei de manhã até á tarde e da tarde até á noite. E chorei porque? Já se devem estar a perguntar. Recebi um sete a história. Que mau, devem estar a exclamar… mas não foi isso. Terá sido por o teste de espanhol me correr mal? Epá, se calhar… Quer dizer, não. Então é o que? Epá, gosto dela. Dela? Dela quem? Dela… Gosto dela. Como se chama? Não sei, mas gosto dela. Porque? Porque sim, porque gosto simplesmente. Como é que ela é?
É linda, tem uns olhos lindos, tem um cabelo lindo, tem um olhar lindo. Não a consigo descrever assim. Nem eu. Que idade tem? Tem mais ou menos que a minha. Não ajudas em nada. Ela não me ajuda a mim, porque tenho eu que te ajudar a ti?
Porque choras? Também não sei. Então, porque estás sozinho? Estou á espera dela. Mas dela quem? Ninguém. Vens comigo? Vou, se prometeres que me trazes outra vez. Promete-me primeiro que não vais chorar. Não nasci para quebrar promessas, por isso, daqui não saio. Mas amas essa pessoa? Sim. Sabes quem é? Não, só um palpite.
12 março, 2010
Hoje
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